Muitas pessoas tem duvidas sobre como é realizado, o pós e os benefícios do peeling para melasma.
O peeling é um dos principais tratamentos para o tratamento de manchas na pele, sendo responsável pelo o seu clareamento e por tornar ela mais uniforme.
Veja aqui tudo o que você precisa saber sobre o peeling para melasma, qual o melhor tipo para o tratamento, quais são os benefício, cuidados e contraindicações:
O que é melasma?
Antes de entender como funciona o peeling como tratamento de melasma, é importante saber do que estamos tratando.
O melasma é uma condição caracterizada pelo surgimento de manchas escuras na pele, afetando principalmente o rosto. Também pode comprometer o pescoço, braços, antebraços e colo, e assim consideravelmente a autoestima.
Esse tipo de hiperpigmentação da pele, resultante do aumento da deposição de melanina, não possui uma causa específica, sendo uma condição crônica e afetando principalmente mulheres em fase reprodutiva (entre 20 e 50 anos).
Pelo aumento da melanina, proteína responsável pela coloração da pele e da proteção aos raios ultravioletas, o melasma pode ser identificado por manchas castanho-escuras ou marrom-acinzentadas, o que varia de acordo com a cor da pele.
As manchas normalmente irregulares e simétricas, afetando igualmente os dois lados da face. Vale considerar que caso feito o tratamento inadequado, é possível haver o agravamento do estado.
O diagnóstico é feito por um dermatologista, pelo uso de uma luz negra (lâmpada de Wood), capaz de detectar a aparência e textura características dessas manchas no rosto.
Qual a causa do melasma?
Como dito, as manchas do melasma não possuem uma causa definitiva, contudo, existem fatores de risco que podem ser considerados.
Assim, o aparecimento desses sinais pode estar associado a anticoncepcionais femininos, à gestação e, na maioria dos casos, de forma mais impactante, por conta da exposição solar em excesso. Dessa forma, a exposição a luz ultravioleta e a luz visível estão por trás do aparecimento da condição.
Entre demais fatores de risco, pode-se citar a predisposição genética, fatores hormonais e até mesmo doenças como hepatopatias.
O melasma tende a desaparecer sozinho depois da gravidez ou após a mulher afetada interromper o uso de pílulas anticoncepcionais. Durante o seu meio tempo, o uso de cremes clareadores é capaz de minimizar o seu impacto na aparência.
Na gravidez, o melasma recebe o nome de cloasma gravídico e está associado a hormônios característicos desse período, tal como o estrogênio e a progesterona. Estudos consideram ainda o melanotrófico na ativação de melanina.
Quais são os tipos de melasma?
O melasma pode ser classificado em 3 tipos, de acordo com a sua profundidade. São classificações do melasma:
Melasma superficial ou epidérmico: é identificado quando a formação de melanina se instala somente nas camadas basais ou suprabasais da epiderme. Possibilitando que o tratamento seja simplificado.
Melasma dérmico ou profundo: é o estado em que o melasma atinge uma camada mais profunda da pele, a derme, o que faz com que o tratamento seja mais complexo e duradouro. A derme é a camada intermediária da pele e está localizada entre a epiderme e a hipoderme.
Melasma misto: é a denominação de casos em que a hiperpigmentação afeta tanto a epiderme quanto a derme. Contudo, a profundidade varia de caso em caso, o que deve ser considerado por um exame clínico.
O que é peeling para melasma?
Considerando o tratamento desta anomalia, o peeling é uma das abordagens mais recomendadas pelos dermatologistas, uma vez que se trata de um tratamento seguro e minimamente invasivo. Além disso, é capaz de proporcionar resultados satisfatórios em um curto período de tempo.
Considerando a origem do termo, peeling vem do inglês to peel, que significa descamar ou descascar. Dessa forma, o resultado quanto ao tratamento de melasma é adquirido pela renovação celular proporcionada pela troca de tecido.
Além da hiperpigmentação, o peeling também é indicado para a amenização da flacidez, linhas de expressão, rugas e cicatrizes de acne, além de atuar no controle de oleosidade e na suavização de estrias.
Por conta da variedade de suas indicações, o peeling pode ser realizado de várias formas, podendo ser físico, químico ou a laser.
Peeling físico: são os mais superficiais, que utilizam agentes que induzem a descamação mecânica. Para a microabrasão pode ser feita por fluxo de cristais (peeling de cristal) ou pontas de diamantes (peeling de diamante). A renovação da pele proporcionada aumenta a penetração de ativos. É a técnica mais indicada para cravos e estrias.
Peeling químico: é a abordagem feita por substâncias químicas, que promovem a descamação da pele sem causar prejuízos. Entre os ácidos que podem ser utilizados estão: ácido salicílico, ácido retinóico, ácido glicólico e o fenol.
Peeling a laser: como o próprio nome indica, é o tratamento feito por um aparelho a laser. O aparelho atua aquecendo a pele de dentro para fora, estimulando a troca de células, mas sem escamar ou irritar. Nesse caso, podem ser utilizados o laser CO2 e o laser erbium para serem adquiridos os benefícios.
Como funciona o peeling para melasma?
O peeling químico é o mais indicado para o tratamento do melasma, e pode ser feito em qualquer região com melasma, seja no rosto ou em outra parte do corpo.
O tratamento deverá ser feito em consultório médico, podendo ser feito por um dermatologista ou cirurgião plástico capacitado.
Para que haja um resultado final positivo, para o peeling químico ácido pode-se ser utilizado diferentes compostos que variam quanto a profundidade do tratamento.
Entre as substâncias que normalmente são utilizadas no tratamento estão:
- Ácido retinóico;
- Ácido glicólico;
- Ácido mandélico;
- Cisteamina;
- Resorcinol.
Contudo, segundo estudos, a cisteamina é a mais potente para o tratamento do melasma, sendo capaz de reduzir em até 77% a pigmentação das manchas.
Vale considerar que o peeling pode ser superficial, médio ou profundo, sendo indicado de acordo com a observação do especialista da profundidade da mancha.
No caso de peeling profundo, há a penetração até a camada inferior da derme, sendo necessário o monitoramento médico adequado, o uso de anestésico e repouso para que haja a recuperação da pele e amenização de efeitos colaterais como vermelhidão e sensibilidade da pele, presentes nos primeiros dias.
Peeling para melasma antes e depois
Considerando o peeling antes e depois, é normal que o paciente perceba alguns efeitos colaterais, como vermelhidão e sensibilidade, resultantes da remoção das manchas superficiais da pele. Entre outros efeitos colaterais que podem ser percebidos ou sentidos estão a formação de edema (inchaço), ardência e sensação de calor.
Já na primeira sessão, já é possível observar uma a amenização da hiperpigmentação do melasma e uma pele mais uniforme.
Contudo, deve-se levar em consideração que para um resultado definitivo e satisfatório são necessárias mais de uma sessão, normalmente de 5 a 10, variando quanto à gravidade do caso e da técnica realizada. É necessário que o paciente aguarde 15 dias para uma nova sessão.
Quais são os cuidados necessários no peeling?
Após a ação das substâncias químicas e esfoliantes na pele, o especialista irá orientar que sejam tomados alguns cuidados para a recuperação da pele.
Entre os cuidados que podem ser tomados estão:
- Evitar exposição da região ao sol nos primeiros dias após a sessão;
- Não exagerar na higienização da pele nos primeiros dias, optando pelo uso de sabonete neutro e sem parabenos para a limpeza da pele;
- Evitar contato e manusear a pele;
- Evitar a passagem de cosméticos nas primeiras horas, exceto aqueles com recomendação médica;
- Manter os cuidados de skincare em dia – fazendo o uso de protetor solar (de 30 a 50 FPS) a cada 3 horas e uso regular de hidratante facial recomendado pelo dermatologista;
- Uso de água termal ou chá de camomila para a amenização dos efeitos colaterais característicos do procedimento.
Deve-se considerar que além dos cuidados que devem ser adotados após a sessão, para que o peeling para melasma tenha resultados satisfatórios, é necessário que sejam tomados alguns cuidados na preparação.
Essas medidas devem ser adotadas cerca de 4 semanas antes da sessão, e são passadas na avaliação prévia que o dermatologista faz da pele.
Entre as medidas a serem consideradas estão a manutenção de hábitos de skincare de acordo com o tipo e biótipo da pele e o uso de hidroquinona 4%, que colabora com a penetração de ativos e previne o risco de complicações com o peeling.
O uso da hidroquinona deve ser mantido por pelo menos 3 meses após o peeling, com exceção no dia antes e depois da sessão.
Contraindicações
O peeling químico assim como demais procedimentos possui as suas contraindicações, que devem ser consideradas ainda na avaliação prévia feita pelo dermatologista.
Entre as contraindicações do procedimento estão:
- Gestantes;
- Doença de pele ou infecção ativa na pele – em casos de herpes inativa devem ser tratados com medicamento antiviral (aciclovir, fanvir);
- Casos de doenças metabólicas, hepáticas, cardíacas ou renais;
- Pessoas que fazem o uso de imunossupressores;
- Pessoas com câncer de pele ou rosácea em atividade – até mesmo melasma, dependendo do caso avaliado pelo especialista;
- Pacientes que fizeram o uso de medicamentos à base de isotretinoína (roacutane, acutane) no último ano;
- Alergia a alguma substância utilizada no processo;
- Fotossensibilidade ou pacientes que não fazem o uso de protetor solar;
- Pacientes que não podem evitar o uso de maquiagem, a exposição de luz solar ou qualquer outra fonte geradora de calor nos primeiros dias após a sessão.
Peeling para melasma, qual o valor?
O preço do procedimento de peeling é bastante variável, tendendo a alternar quanto o profissional responsável e a clínica escolhida. O investimento pode ir a partir de R$120 (cento e vinte reais).
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