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Você conhece a ozonioterapia? A ozonioterapia é um procedimento estético que ganhou popularidade recentemente e é um método complementar a vários tratamentos.
Confira aqui quais são as suas possíveis indicações e saiba porque se atentar quanto a esse procedimento:
Ozonioterapia, o que é?
A ozonioterapia é um procedimento que possui fins terapêuticos e estéticos, no entanto, se tornou popular atualmente não por seus benefícios, mas por conta de seus efeitos colaterais e riscos, o que vamos falar mais posteriormente.
Essa prática de medicina alternativa faz o uso do gás ozônio para fazer o combate de uma vasta lista de doenças, o combinando com oxigênio puro. Essa mistura recebe o nome de ozônio medicinal e sua aplicação pode ser feita de forma intravenosa, tópica ou por inalação.
O gás ozônio, principal elemento utilizado no tratamento e o qual vem o nome da abordagem, é composto de 3 átomos de oxigênio, sendo seu uso geralmente justificado pela reposição de oxigênio em partes doentes do corpo, interrompendo processos nocivos.
Além de ajudar na oxigenação dos tecidos, o gás oxigênio também atua estimulando o sistema imunológico e promovendo o alívio de dores crônicas, como as causadas por artrites e fibromialgia.
Vale ressaltar que o ozônio é usado como um potente desinfetante de suprimentos médicos há mais de 150 anos. A ozonioterapia teve utilidade muito importante na primeira guerra mundial, no qual soldados alemães aplicavam gás ozônio em suas feridas.
Para que serve a ozonioterapia?
As pessoas adeptas a ozonioterapia defendem os seus diversos benefícios, tal como como uma melhor circulação sanguínea, melhora da oxigenação sanguínea, fortalecimento do sistema imunológico, combate do crescimento de bactérias patogênicas em casos de infecção e ainda contendo casos de processos oxidativos.
Se baseando nesses possíveis benefícios, confira para que a ozonioterapia serve:
1. Tratamento de problemas bucais
Segundo a ANVISA, a ozonioterapia é uma metodologia que pode ser usada no tratamento de problemas bucais, tal como cáries, doenças periodontais, ajudando até mesmo no tratamento de canal. Isso já que o ozônio atua na eliminação de bactérias que motivam essas infecções com sua ação antimicrobiana.
No tratamento de canal, a ozonioterapia é usada para a prevenção do acúmulo de bactérias, evitando infecções no local em que o procedimento está sendo realizado.
2. Cirurgias dentárias
A ozonioterapia também pode ajudar no processo de cicatrização das feridas depois de cirurgias dentárias, ajudando na circulação do sangue, além de ajudar na regeneração do tecido, reduzindo a inflamação da região.
3. Tratamento de infecções
Indo além das infecções bucais, a ozonioterapia também pode ser utilizada para auxiliar no tratamento de feridas infectadas ou doenças infecciosas na pele do corpo, sejam motivadas por bactérias, vírus, fungos ou parasitas.
Isso é possível uma vez que o ozônio atua inibindo o crescimento celular, aumentando a eficácia do sistema imunológico no combate de infecções.
Entre os microrganismos que a ozonioterapia atua contra estão as bactérias Acinetobacter baumannii, Clostridium difficile e Staphylococcus aureus e o fungo Candida, que causa a candidíase vaginal ou intestinal.
4. Tratamento da infecção pelo HIV
Fechando o tópico de infecções, a ozonioterapia também é indicada para a redução da cara viral em pessoas com HIV, diminuindo a quantidade de vírus no organismo, melhorando a saúde da pessoa a longo prazo.
É importante entender que a ozonioterapia irá atuar no como terapia complementar, não atuando na substituição do tratamento médico convencional.
5. Problemas respiratórios
A terapia medicinal com ozônio também pode ajudar no tratamento de problemas respiratórios como asma, bronquite ou Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Nesse contexto, a ozonioterapia irá possibilitar a maior entrada de oxigênio no sangue e nos tecidos do corpo. Dessa forma, esse tratamento atua diminuindo o estresse nos pulmões e promovendo o alívio de sintomas como a falta de ar.
No contexto da DPOC, estudos mostram que pela aplicação do ozônio na veia ou injeção de ozônio misturado com sangue por meio da auto-hemotransfusão, é possível perceber uma melhora significativa da qualidade de vida e da capacidade de realização de atividades físicas.
Vale ter em mente que o ozônio também é considerado um poluente do ar, não devendo ser inalado ou utilizado em purificadores de ar, uma vez que pode promover a irritação ou promover prejuízos aos pulmões, agravando doenças respiratórias.
6. Redução do risco de complicações de diabetes
A ozonioterapia também é capaz de atuar na diminuição do risco de pessoas de adquirirem complicações da diabetes, graças à sua ação antioxidante, amenizando o estresse oxidativo do corpo e otimizando a circulação sanguínea.
Assim, é possível perceber também a ativação do sistema imunológico e a redução da inflamação nos tecidos. Estudos mostram que a ozonioterapia ajuda na cicatrização de úlceras do pé diabético, reduzindo o risco de infecção no local.
7. Doenças autoimunes
A ozonioterapia é capaz de proporcionar uma série de benefícios para pessoas que estejam com o sistema imunológico prejudicado, atuando melhorando a comunicação entre as células em meio as respostas imunes.
Com isso, é capaz de ajudar no tratamento de doenças autoimunes, considerando que o ozônio atua melhorando a circulação sanguínea, ativando enzimas antioxidantes além de amenizar os prejuízos causados pelos radicais livres.
Entre as doenças que podem ser amenizadas por meio do tratamento estão: artrite reumatoide, miastenia gravis e esclerose múltipla.
8. Tratamento do câncer
Um dos mais relevantes benefícios da terapia com ozônio é justamente o seu auxílio no tratamento do câncer. A ozonioterapia irá atuar na amenização dos efeitos colaterais da quimioterapia ou radioterapia. É relatada uma melhora significativa dos pacientes, já que se percebe a redução de náuseas, vômitos, da fadiga, queda de cabelo e mucosite.
A terapia pode ajudar tornando o tratamento do câncer de cólon mais eficaz, inibindo citocinas, que são as substâncias que estimulam o crescimento das células cancerígenas e as proporcionam mais resistência às sessões de quimioterapia.
9. Doenças osteomusculares
No tratamento de doenças osteomusculares a ozonioterapia entra com uma ação antioxidante, analgésica e anti-inflamatória, além da melhora da circulação sanguínea nos ossos e cartilagens.
O procedimento irá reduzir a dor crônica resultante do desgaste ou inflamação das articulações.
Entre as doenças osteomusculares que a ozonioterapia pode atuar estão a bursite, osteoartrite, bursite, hérnia de disco, síndrome do túnel do carpo e distúrbio da articulação temporomandibular (DTM).
10. Tratamento capilar
Uma vez que o gás de ozônio aumenta a vascularização do tecido, ajuda na promoção do crescimento do cabelo, sendo muito indicado para pessoas que estão sofrendo com queda capilar, seja devido ao avanço da idade ou por conta do estresse e variações hormonais.
A terapia também atua promovendo o fortalecimento dos fios, e dando mais brilho a eles, fazendo com que eles não fiquem ressecados.
11. Procedimentos estéticos
Por fim, a ozonioterapia também pode atuar com o intuito estético, otimizando a assepsia e limpeza da pele por conta da ação antimicrobiana.
A ozonioterapia corporal é capaz de amenizar as indesejadas estrias, sendo usada principalmente em coxas e barriga. Também é possível perceber a diminuição de marcas e manchas na pele, promovendo assim a harmonização do tom da pele.
Vale ressaltar ainda que a ozonioterapia ajuda no tratamento da acne, ajudando na redução da possibilidade do aparecimento de espinhas e cravos no corpo.
Riscos da ozonioterapia
Antes de recorrer a ozonioterapia é importante considerar que o procedimento ainda não possui embasamento científico para usos clínicos, podendo ser capaz de proporcionar alguns riscos à saúde.
Por conta disso, o procedimento deve ser feito por médicos qualificados e com equipamentos que garantam os níveis precisos de concentração de ozônio.
Doses erradas podem levar a riscos e efeitos adversos como irritação no local da aplicação, perfurações fisiológicas indesejadas que podem prejudicar desde o sistema nervoso central, coração e visão. Há ainda o aumento do risco de edema pulmonar, principalmente quando o gás é inalado.
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